“Nesse dia, Horácio despertou embrulhado em papelão na calçada da Presidente Vargas”. Um conto do colaborador Bruno Flores.
Folhas do vento norte (IV). A poeira das casas
Sobre isso conversavam, sobre aquela sina dos habitantes da cidade: não pertencer, mudar-se com frequência e disciplina, ter os casacos sempre a postos, longe dos cabides definitivos dos armários clássicos. Um conto de Iuri Müller.
O embrulhinho
Talvez tivesse deixado-o sobre a mesa. Foi consolando-se com mentiras de algodão-doce, até sentar-se diante da máquina de escrever e constatar que o embrulhinho sumira de fato. Pelo viés da colaboradora Munique Duarte.
Folhas do vento norte (III). Nuvens no fundo do mar
A cerração havia tomado as esquinas e os montes, descera para a cidade como se ali resolvesse ficar por alguns anos. Um conto de Iuri Müller.
Metalinguagem da alma
“A verdade é que o sentimento está sempre à flor, na pele.”, pelo viés de Giuliana Bruni.
DESALMADO
Ninguém quis saber do morto. Um conto pelo viés de Eliézer Oliveira.
SONS QUE PERTURBAM
Precisavam conseguir mais meninas como “aquelas”. – dizia um deles. – Sim. – concordava rapidamente o outro, enquanto sorria para o velho no chão. Pelo viés de Elisiane Martins
MINHA FALTA
“Sou o que não sou, pois ainda estou sendo, como poderia vir a ser se já fosse?”, um conto pelo viés de Eliézer Oliveira.
MORMAÇO
“Contava como coisa certa que esta era a última vez do faz de conta que tudo corria bem na vida dele e de Alice”.
QUEDA LIVRE
Sempre detestei aquele trabalho. “Enfadonho”, tossiria o meu avô. Por Renato Tardivo