Dezenas de grafiteiros reuniram-se para colorir as paredes da Casa do Estudante Universitário 1 (CEU 1), situado na rua Professor Braga, no último sábado (02/11). A atividade, organizada pelo grafiteiro e estudante de Artes Visuais Daniel Lopes, em conjunto com o Diretório Central dos Estudantes (DCE) e a diretoria da Casa, ocorreu mesmo com chuva, numa das tardes abafadas que o horário de verão agora faz iluminadas por mais tempo.
“+ amor, + cor”, exclamava um dos personagens fixados na parede com tinta, spray e rolinho. Muitas cores, de fato, agora povoam as paredes externas da CEU 1 e do subsolo da boate do DCE, desativada há dez meses e fazendo falta aos jovens de Santa Maria.
Um painel amplo e diverso, ainda mais em tempos em que a vivacidade, definitivamente, não é um atributo exclusivo da policromia: integra-se a ela o preto fosco, assimilado como belo por uma parcela cada vez maior da juventude, apesar (e em função) da repressão desmedida à arte urbana na cidade.
No sábado quente e chuvoso, a trilha sonora era animada e, ao som do sound system baseado em um notebook, gerações e técnicas misturavam-se e almejavam diferentes espaços e também diversas alturas. As paredes laterais do prédio público situado no centro da cidade, infelizmente, não são visíveis para todos a partir da rua, mas desde o fim da tarde de sábado estão definitivamente mais integradas a ela.
PEDAÇO DE RUA NAS PAREDES DA CEU, pelo viés de Tiago Miotto
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