É como um vampiro que nos devora.
E, sem medo ou pudor, cospe no prato.
E subordina o concreto ao abstrato.
E quer somente o lucro, e sem demora.
E é assim que nos domina: cada hora
De trabalho é pesada em seu contrato,
A mais-valia é a lei, e cada ato
É controlado. E assim nos explora,
E nos sorri ao nos cravar a adaga.
E se o sujeito não se adapta, exploda-se:
O capital, tirano, nos esmaga
E do próprio futuro nos deserda.
Por isso é que eu solto o meu grande FODA-SE
Para esta sociedade de merda.
De trabalho é pesada em seu contrato,
A mais-valia é a lei, e cada ato
É controlado. E assim nos explora,
E nos sorri ao nos cravar a adaga.
E se o sujeito não se adapta, exploda-se:
O capital, tirano, nos esmaga
E do próprio futuro nos deserda.
Por isso é que eu solto o meu grande FODA-SE
Para esta sociedade de merda.
Soneto com meus mais sinceros votos para a sociedade capitalista, pelo viés do colaborador Demétrio Cherobini*.
*Demétrio é poeta e cosmonauta russo.