PELO CHÃO MARROQUINO: O cotidiano do Marrocos depois da Primavera Árabe provavelmente não sofreu transformações. As reformas constitucionais que o rei Mohammed VI propôs não significaram modificações expressivas para o país e dificilmente alguma consequência pode ser percebida no dia-a-dia da maioria dos magharebias marroquinos.
As fotos abaixo foram tiradas entre janeiro e fevereiro de 2011 e apresentam um país marcado pela diversidade cultural, bem como pela desigualdade social. No Marrocos muitas línguas são faladas, em especial o árabe derija, que é o dialeto do país, uma mescla de árabe com francês. Dependendo da região, pode ser encontrado o espanhol, francês, inglês e árabe, além de dialetos dos povos amazigh – erroneamente conhecidos como berbere. Embora se falem essas línguas, os marroquinos rezam em uma só, o árabe oficial. Mesmo quem não frequentou a escola e só se comunique em árabe derija acaba decorando trechos do Alcorão, já que ele é entoado nas ruas, em televisores dos restaurantes, nas medinas, nas escolas… ou seja, estamos no Islã, o que faz com que o mundo religioso, político e privado sejam interligados e sem fronteiras definidas.
PELO CHÃO MARROQUINO, pelo viés da colaboradora Júlia Schnorr*.
*Júlia Schnorr é Mestranda em Comunicação Midiática na UFSM, Graduanda em Jornalismo na UFSM e Graduada em História também pela UFSM. É repórter da Oficina de Vídeo TV OVO. Leia mais de Júlia Schnorr na revista o Viés.