A maioria dos leitores liga o nome de Umberto Eco, escritor, filósofo, linguista e estudioso da semiologia rapidamente ao seu grande, e talvez maior sucesso literário, “O nome da rosa”, levado aos cinemas pelo diretor Jean-Jacques Annaud, o mesmo de “Guerra do fogo” e “Sete anos no Tibet”.
Porém, Umberto Eco tem seus estudos e obras, tanto de ficção como as de cunho acadêmico-teórico, revisados diariamente por várias disciplinas e centros de pesquisa sociais pelo mundo todo. Dentre essas obras, “A misteriosa chama da rainha Loana”, lançado em 2004. Com uma autobiografia não explícita, o livro conta a história de Yambo.
Yambo esqueceu quase tudo. Acordou e estava deitado na cama de um hospital (dava para entender que era um hospital) cercado por pessoas estranhas. Aos poucos, os médicos vão explicando o ocorrido. Yambo volta para casa com sua esposa, conhece os filhos, os netos, suas coisas, seu emprego, tudo. Uma viagem para a casa dos avós, no interior da Itália, fará Yambo entender quem é, o que era e do que apreciava. Descobre portas fechadas com tijolos, histórias do avô colecionador, e, junto, anos da Itália fascista.
No Brasil, editora Record. Tradução de Eliana Aguiar.
Umberto Eco e a misteriosa chama da Rainha Loana, pelo viés de Bibiano Girard
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