A MARCHA DA LIBERDADE EM SANTA MARIA

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Depois de anos de mesmice, uma parte da juventude brasileira resolveu sair às ruas novamente. Não pela queda de um presidente, senador, legislador, regime ou qualquer tipo de tirania apenas política. Não. As pautas eram múltiplas, assim como as bandeiras. A juventude brasileira do início do século, com o advento da internet, parece ter acordado novamente sobre o valor da palavra “cidadania”. O que é ser cidadão? O que é realmente cidadania?

“A Marcha da Liberdade é um movimento que une muitas entidades e movimentos sociais em torno de uma pauta em comum: fazer valer a Constituição Brasileira em um trecho que diz ‘é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença’”, diz o início do manifesto brasileiro.

Mas de tudo isso, no fundo, é o mundo que pautou uma marcha de jovens, adultos e crianças por mudanças na situação de vida do homem contemporâneo. A discriminação de raça, sexo, gênero, sexualidade, a obstrução do direito de ir e vir, de poder dizer aos poderes públicos sem poderes reais que o mundo está no caminho errado e que essa juventude marcha por melhores dias.

Os jovens foram às ruas, colocaram a cara a tapa e disseram sim. Muitos estilos de “sim”. Sim, luto pela criminalização do preconceito homofóbico. Sim, luto pela legalização da maconha. Sim, acredito que a sociedade se constrói pela base, pelo povo, não por seus mandantes. Sim, o valor da passagem do ônibus está abusivo. Sim, quero uma universidade pública e de qualidade. Sim, quero ouvir todas as vozes com igualdade. Sim, quero igualdade de gênero. Sim, acredito e luto pela igualdade em todas as ramificações da sociedade. Quero respeito às crenças, quero respeito às diferentes raças, quero, sobretudo, liberdade de expressar tudo isso.

Esta foi a Marcha da Liberdade de Santa Maria. Mesmo que alguns gritos tenham se mostrado mais fortes que tantos outros, a Marcha conseguiu parar as principais ruas da cidade e fazer a sociedade questionar o que via, o que ouvia e, principalmente, questionar-se sobre o que sempre pensou sobre os jovens da época presente brasileira.

Abaixo, acompanhe fotografias realizadas pelo redator Tiago Miotto.

Concha Acústica, local de onde saiu a Marcha. Foto: Tiago Miotto

Pessoas concentradas antes da saída da marcha. Foto: Tiago Miotto
Movimento GLBT também presente. Foto: Tiago Miotto.
Pessoal trabalhando na arte das faixas. Foto: Tiago Miotto.
Início da caminhada. Foto: Tiago Miotto.

 

O início, saindo do parque Itaimbé. Foto: Tiago Miotto
Quando a Marcha tomou uma das principais vias do centro da cidade. Foto: Tiago Miotto.
Quando a Marcha chega à Praça Saldanha Marinho. Foto: Tiago Miotto.
Marcha toma a Rua 24 Horas (Alberto Pasqualini). Foto: Tiago Miotto.
Marcha desce o Viaduto Evandro Behr. Foto: Tiago Miotto.
A subida, em direção à Avenida Rio Branco. Foto: Tiago Miotto

 

O novo aumento da passagem em menos de nove meses previsto pelo prefeito Cezar Schirmer era mais um motivo forte de protesto. Foto: Tiago Miotto.
A Marcha pulou junta nos cantos pela liberdade. Foto: Tiago Miotto.
"Quem não pula quer censura". Foto: Tiago Miotto.

Vários movimentos populares reunidos. Foto: Tiago Miotto.

Movimente o seu corpo. Foto: Tiago Miotto.

A MARCHA DA LIBERDADE EM SANTA MARIA, pelo viés da lente do redator Tiago Miotto e texto do redator Bibiano Girard.

tiagomiotto@revistaovies.com

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