As bancadas conservadoras no Congresso Nacional nunca foram tão grandes em número e em influência quanto atualmente. A Bancada Ruralista, por exemplo, conseguiu aprovar no Senado, no dia 6 de dezembro de 2011, o novo Código Florestal, acusado por ambientalistas de dar brechas e até mesmo incentivar o desmatamento de vegetação nativa, em prol do agronegócio (Entenda o que muda com o novo Código Florestal clicando AQUI e AQUI). Foram 59 votos a favor e 7 contra e, a partir de agora, o texto volta para a Câmara, para a apreciação das alterações feitas pelos senadores, para depois ser encaminhado para a sanção da presidenta Dilma.
Porém a bancada que mais tem conseguido projeção neste mandato talvez seja a Bancada Evangélica. Segundo dados da própria Frente Parlamentar Evangélica, nas eleições de 2010, a bancada cresceu de 46 deputados (9% do total da Casa) para 68 deputados (13,2% do total), um crescimento de mais de 50%, se comparado ao tamanho da bancada no mandato anterior. No Senado, a bancada conta atualmente com 3 representantes: Walter Pinheiro (PT-BA), Magno Malta (PR-ES) e o bispo Marcelo Crivella (PR-RJ).
Se fossem comparadas às bancadas dos partidos, a Evangélica seria a terceira maior do Congresso, atrás apenas das do PT e do PMDB, e empatada com o número de parlamentares do PSDB. A força do grupo, liderado principalmente por religiosos e representantes da Assembleia de Deus, mostrou-se já durante a campanha, quando pautaram, juntamente com os membros da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a questão da legalização do aborto na agenda dos candidatos à presidência.
A atual distribuição dos membros das bancadas por partidos é a seguinte:
A bancada evangélica tem feito o monitoramento de 368 projetos da Câmara e do Senado, a maioria referente a questões de direitos individuais, e agido não de acordo com o programa dos seus partidos, legalmente constituídos e pelos quais foram eleitos, mas sim pelas orientações religiosas a que professam.
O último caso a chamar a atenção foi o Projeto de Lei nº 1.763/2007, que prevê o pagamento de um salário mínimo durante 18 anos para mulheres vítimas de estupro, para que mantenham a gravidez e criem seus filhos. O PL criada pela bancada ainda tem outro ponto bastante polêmico: a ideia de que psicólogos de orientação cristã atendam as mulheres vítimas de estupro, na tentativa de convencê-las sobre a importância da vida e de manter a gravidez. Tudo, obviamente, pago pelo Estado. Porém o próprio Código de Ética dos profissionais de Psicologia veta a indução a “convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação sexual”.
Desde 1940, o artigo 128 do Código Penal permite a prática do aborto em apenas dois casos: se não há outro meio de salvar a vida da gestante (aborto terapêutico), ou se a gravidez resulta de estupro e há consentimento da gestante (aborto sentimental).
A ex-Ministra da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, Nilcéa Freire, disse em entrevista ao Estadão que a proposta “é retrocesso, uma proposta sem cabimento, equivocada desde o começo. Nós apoiamos a liberdade de escolha da mulher”.
Na mesma reportagem, a advogada Samantha Buglione, do Instituto Antígona e das Jornadas Pelo Direito de Decidir, afirma que “Há uma dificuldade em compreender que o Estado democrático surge para assegurar a liberdade de crença da população. Há uma confusão no entendimento de alguns parlamentares entre direito e moral, entre religião e política pública.”
Outro ponto fundamental da plataforma da bancada evangélica é a questão relacionada aos direitos da comunidade LGBTT. Vários já foram os ataques da bancada. O primeiro a criar polêmica diz respeito ao kit Escola sem Homofobia, erroneamente chamado pela bancada de “Kit gay”. O material do Ministério da Educação seria distribuído entre escolas de ensino médio, buscando esclarecer questões a respeito da diversidade sexual e, assim, diminuir os preconceitos dentro das escolas e da sociedade. Os parlamentares da bancada evangélica, no entanto, ameaçaram não votarem mais nada até que o kit fosse recolhido e, se a presidenta Dilma aprovasse o material, iriam convocar o então ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, para prestar depoimento sobre seu rápido enriquecimento. A “chantagem” deu resultado e a presidenta mandou suspender o kit, chamando-o de “inadequado”.
A bancada agiu da mesma forma frente ao Estatuto do Juventude, aprovado na Câmara no dia 05 de outubro. O texto prevê, entre outras coisas, o pagamento de meia-entrada para os estudantes na faixa etária de 15 a 29 anos no transporte público e em eventos artísticos, culturais e de entretenimento em todo o território nacional (As atuais leis sobre a meia-entrada são de âmbitos estaduais e municipais). O ponto atacado pela bancada evangélica, no entanto, foi o que diz respeito ao tratamento de temas relacionados à sexualidade nos conteúdos escolares. O projeto do Estatuto da Juventude só seguiu adiante, para a apreciação do Senado, após a relatora, Manuela D’Ávilla (PCdoB – RS), acrescentar ao texto um adendo dizendo que o tema seria tratado “desde que respeitado a diversidade de valores e crenças”.
Em maio deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou com unanimidade a união homoafetiva estável (para saber mais do julgamento, clique AQUI) e, em outubro, o Supremo Tribunal da Justiça (STJ) aprovou o primeiro casamento homoafetivo, abrindo precedentes para a prática seja adotada em todo o país. A Frente Parlamentar Evangélica (Associação civil de natureza não-governamental, constituída no âmbito do congresso nacional, integrada por deputados federais e senadores da República), na pessoa do seu presidente, o deputado João Campos (PSDB-GO), entrou com um pedido de inclusão na legislação brasileira de um dispositivo que impeça que igrejas sejam obrigadas a celebrar cerimônias de casamento entre homossexuais. Porém, a proposta parece infundada, visto que em nenhum momento a aprovação da união estável e do casamento homoafetivos interfere nas práticas religiosas. Em entrevista ao G1, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) afirmou que “Isso é desespero para confundir a opinião publica, para jogar união publica contra o direito civil. O direito é publico, a fé é privada. Nenhum homossexual quer casar em igreja”.
Estes são apenas alguns exemplos das medidas tomadas pela bancada evangélica na tentativa de vetar alguns direitos individuais, principalmente aqueles relacionados à liberdade sexual. Além disso, ainda se trava no campo político e na sociedade em geral uma batalha referente à aprovação da PLC 122/2006, que prevê o crime de homofobia (saiba mais clicando AQUI), projeto contra o qual a bancada já criou passeatas públicas, alegando que a aprovação vai contra o direito de liberdade religiosa.
Os membros do Poder Executivo, vereadores, deputados estaduais ou federais, senadores, juízes de Direito, juízes federais, desembargadores, ministros de tribunal superior e presidente têm a obrigação que exercer suas funções de acordo com os princípios fundantes do Estado; Como a Laicidade é garantida por Constituição, os representantes do poder público deveriam agir em defesa da separação do Estado das Religiões. Porém não é isso que temos observado na prática. (Para mais informações sobre o nosso frágil Estado Laico, clique AQUI)
Pensando nisso, a procuradora em Brasília do município de São Paulo, Simone Andréa Barcelos Coutinho, defende uma reforma no código eleitoral que acabe com as bancadas católicas e evangélicas no Congresso Nacional. Para ela, é inconcebível que em um Estado Laico existam partidos que tragam em seu nome a palavra “Cristão”, por exemplo.
(Leia o artigo completo da procuradora Simone Andréa Coutinho clicando AQUI)
A medida pode parecer um tanto drástica, mas se formos analisar as falas dos atuais parlamentares que compõem a bancada evangélica, como o deputado federal Henrique Afonso (PT-AC), que disse: “O Estado deve garantir o que pensa a maioria e acredito que a maioria dos brasileiros acredita no que Deus prega, que é o direito à vida. Não posso separar o deputado do cristão”, notamos o quanto o debate é pertinente e urgente.
A consolidação do Estado Laico – garantido na nossa Constituição, mas como vimos, bastante frágil em sua prática – não é importante apenas para a comunidade LGBTT. Sua consolidação vem favorecer os praticantes de todas as religiões ou de nenhuma delas, que têm dessa forma asseguradas a sua liberdade de crença e de descrença.
Como diz a procuradora Simone Andréa Coutinho:
“O pluralismo, por si só, é incompossível com qualquer forma de união entre o Estado e qualquer religião, pois aquele significa a tolerância e o respeito à multiplicidade de consciências, de crenças, de convicções filosóficas, existenciais, políticas e éticas, em lugar de uma sociedade em que as opções da maioria são impostas a todos, travestidas de “bem comum”, “vontade do povo”, “moral e bons costumes” e outros. (…)
O Estado laico respeita e tolera, pois, a diversidade de crenças de toda sorte. Mais do que isso, atua em obediência necessária ao pluralismo de consciência, de crença, de culto ou de manifesta ausência de sentimento ou prática religiosa. Sobretudo, um Estado laico e pluralista conduz seus negócios, pratica seus atos e define o interesse público com total independência de qualquer religião, grupo ou sentimento religioso, ainda que francamente majoritário. (…)
A Constituição da Republica Federativa do Brasil determina que “ninguém será obrigado a fazer ou a deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei” (art. 5º, inc. II). A religião, assim como a tradição, a ninguém obriga.”
UM ESTADO LAICO COM BANCADA EVANGÉLICA, pelo viés de Felipe Severo
felipesevero@revistaovies.com
Excelente ensaio. Vou reproduzir no meu blog
marcos romão
Também achei excelente o texto. Vou repassar.
Irene Zwetsch
Ótimo texto! Sempre bati nessa tecla de não haver Partidos Políticos de cunho religioso e bancadas religiosas no Congresso. Bem como, não haver Ensino Religioso nas Escolas Públicas. Aqui no Rio de Janeiro, inclusive, ainda há uma Lei(5.998/2011), q obriga Bibliotecas Públicas a terem um exemplar da Bíblia, sob pena de multa. Segue site com meu comentário e a Lei: http://al-rj.jusbrasil.com.br/noticias/2683672/bibliotecas-terao-que-manter-exemplar-da-biblia _ O Estado já deveria começar a ser Laico lá no Preâmbulo da CF, trocando o termo “Deus” por “Justiça”. Seria o mais adequado, afinal, quem está protegendo todos os cidadãos, no caso, é a CF e não a Bíblia. Religião é algo particular e existem várias. Há quem tenha e quem não tenha. Não dá para deixar que confundam mais a CF com a Bíblia e o Congresso com as Igrejas. Cada qual em seu lugar. Cada um, dentro do Congresso, tem seus gostos, times, religiões, etc, mas LÁ dentro, estão(deveriam estar) pelo POVO/CIDADÃO e não por seus gostos. Aliás, só deveria existir bancada do povo/cidadão. Perante a CF, somos todos iguais. Somos todos cidadãos. Apoio qualquer manifestação que seja para termos um Estado Laico e Democrático de fato. Abraços…
Surpreende ver que essa lei é de 2011!!!
Parabéns pelo texto e pela pesquisa.
Favoritei a revista após ler seu artigo sobre este tema intrigante e de extrema importância.
Felipe, parabéns pelo texto! Seu raciocínio – buscar os números das bancadas religiosas, fazer as contas e apresentar comparações – é jornalismo de primeira. Seu estudo “bombou” na web. É com gratíssima satisfação que vejo meu artigo mencionado num texto tão bom.
Saudações,
Simone Andréa
simoneandrea.blogspot.com
Felipe , parabens mesmo cara!!
Meu trabalho de conclusão de curso, cujo tema é direito e religião no brasil, tem como subtítulo ”uma critica à atuação das bancadas religiosas no congresso nacional”, e esses dados são fundamentais para o meu trabalho. Caso você tenha mais material que trate do assunto, ficaria muito grato em recebê-lo. um abraço!
Muito interessante o tema que vc escolheu para fazer seu trabalho de conclusão de curso. Adoraria ler.
Marcílio, achei bastante interessante o tema do seu TCC e também gostaria de ler 🙂
Não sei se te ajuda, mas vou publicar aqui, por conta do seu interesse, um artigo escrito e publicado pelo meu pai [que é um historiador] e, sem “nepotismos”, que eu achei bastante pertinente. Vou colar na íntegra o texto extraí de uma página do Facebook que meu pai administra. Espero que seja útil:
O plano de poder de Edir Macedo e companhia
Por Elias Sanches
Essa resenha foi publicada no jornal de política e cultura “Algo a Dizer” (algoadizer.com.br) no início de 2011. Mas, como devido a problemas técnicos da redação, as edições daquele período se perderam, tomei a decisão de reenviá-la para publicação e deve sair já na próxima edição. Essa decisão foi motivada por acontecimentos posteriores àquela publicação, que reforçam a necessidade de nos preocuparmos com a existência de um projeto fundamentalista de poder, levado a cabo por agentes das cúpula das igrejas neo pentecostais.
Os fatos citados estão relacionados a conquista, por parte desses setores, de novos espaços e recursos políticos que serão utilizados para buscar um ulterior crescimento de sua influência, assim como a imposição de seus dogmas ao conjunto da sociedade brasileira. Dentre esses fatos, destacam-se a conquista de um ministério (pesca e aquicultura) por Marcelo Crivella, da Igreja Universal do Reino de Deus” e, mais recentemente, a obtenção da maioria na Comissão de Direitos Humanos e Minorias, da câmara dos deputados, pelo PSC, com o pastor Marcos Feliciano na presidência.
É importante, antes de entrarmos na resenha, apena lembrar que os ataques à laicidade do Estado brasileiro não têm partido exclusivamente das Igrejas evangélicas neopentecostais. A concordata assinada entre Brasil e Vaticano em novembro de 2008 que, entre outras coisas, assegura o ensino religioso nas escolas das redes públicas de Educação, é uma expressão dessa realidade preocupante.
***
Um fenômeno que temos observado recorrentemente a cada eleição é o da participação crescentemente organizada de um bloco político orientado e identificado por sua opção religiosa (ou político-religiosa): o segmento político denominado “evangélicos”.
A princípio, evangélicos são todos aqueles que orientam, ou tentam orientar suas vidas pelos livros da Bíblia, os evangelhos. Nessa definição ampla, católicos, protestantes de todas as denominações, católicos ortodoxos, espíritas e umbandistas, são todos evangélicos. Mas esse termo vem sendo utilizado, no Brasil, para designar unicamente os protestantes.
Pois bem, esse fenômeno ao qual me referia, do crescimento do nível de organização da participação político-eleitoral dos evangélicos, me parece, não tem recebido a atenção devida dos setores de esquerda. Apenas pontualmente tem sido objeto de preocupação, quando, na verdade, trata-se de algo preocupante, pelo potencial de risco que pode oferecer à democracia o crescimento da influência político-eleitoral de um segmento que orienta suas ações pelo referencial religioso, de forma exclusivista e sectária. Além disso, a identificação religiosa tende a anestesiar, em boa parte do eleitorado identificada com esse setor, a crítica racional, substituída pela fé nos representantes de sua denominação religiosa.
Tudo isso pode ser constatado através da leitura do livro Plano de Poder, assinado por Edir Macedo “com Carlos Oliveira”, conforme consta da capa. Editado em 2008, o livro é, ao mesmo tempo, um sintoma do crescimento da participação político-eleitoral dos evangélicos, e uma forma de tentar potencializar esse crescimento.
Os autores apresentam o livro como uma forma de conscientizar “os cristãos” da importância da participação política para que esse segmento consiga se “estabelecer politicamente”, dando conseqüência a “um grande projeto de nação elaborado e pretendido pelo próprio Deus”. (pág. Antes de mais nada, é interessante notar que os autores, ao longo do texto, utilizam indistintamente os termos “cristãos” e “evangélicos” para se referir aos protestantes, como se fossem eles os únicos cristãos e os únicos evangélicos.
Edir Macedo (com Carlos Oliveira) faz questão de afirmar que “esta obra não se propõe à incitação de um regime teocrático. Até porque o Estado brasileiro é laico e a liberdade de crença é assegurada constitucionalmente.” (pág. 10) Essa afirmação é desmentida por todo o restante do livro. A começar pela alegada origem divina, que legitimaria o projeto de poder defendido pelos autores. Além disso, o fato de o Estado brasileiro ser laico e a liberdade de crença ser assegurada pela constituição não significa nada caso, por exemplo, uma mudança constitucional nesse sentido faça parte de um futuro projeto político ainda não revelado, guardado para uma correlação de forças que lhe seja mais favorável.
Afinal de contas, como diz o livro, “Para haver disputas, é óbvio que sempre haverá o outro lado da parte interessada em se estabelecer. Existem os agentes do mal, que são aqueles que fazem oposição acirrada em vários sentidos — inclusive, ou principalmente, na política — aos representantes do bem. (pág. 12)” Assim, a política passa a ser uma disputa entre, de um lado, o povo de Deus, os representantes do bem e, de outro, os representantes do mal. Quem nos garante que, em um momento que lhes seja mais favorável, os “representantes” do bem, com o justo intuito de eliminar o mal da face do país, não venham a pretender suprimir os direitos políticos e a liberdade de crença dos “agentes do mal”?
Afinal de contas, tudo pode ser justificável quando se trata de remover os obstáculos à efetivação de um projeto político elaborado por Deus, pessoalmente. Vamos ver no texto que esse é um projeto antigo, que os seres humanos vêm postergando ao longo do tempo, por não terem ainda se mostrado à altura de sua consecução. Diferentes tentativas de estabelecer o Projeto Divino de Poder foram sucessivamente frustradas pelo Homem. Adão, que desobedeceu ao Senhor; O caso de Noé, que representou uma “quebra de protocolo”, já que ele não cumpriu a risca o que havia sido acordado com Deus. No caso de José, aquele projeto teria estado muito perto de se realizar, mas o povo hebreu não estava ainda suficientemente preparado.
Agora, o povo de Deus é mais uma vez convocado para realizar o projeto divino de nação. Porém, falta ainda, a generalização do senso de percepção do objetivo de Deus: “Lamentavelmente, esse senso de percepção tem faltado a muitos cristãos, que hoje já somam no Brasil uma população de cerca de 40 milhões de pessoas, que vem crescendo a cada dia […] É um enorme potencial, mas essas pessoas, em sua maioria, encontram-se como um gigante adormecido.” Vemos aqui, de parte da liderança desse segmento a consciência do seu potencial eleitoral. Essa base político-eleitoral atrai oportunistas de todos os matizes, potencializando essa força. Assim, conseguem recursos de poder além de sua representatividade, em função das alianças que atraem.
Mas, eles tem também consciências dos seus limites. Sabem que já atingiram seu teto e que, se quiserem crescer eleitoralmente terão de dedicar-se à costura de uma política de alianças eficaz. Para isso, o primeiro passo consiste em vencer as resistências de seu próprio público, o que não é tarefa fácil, já que o processo de formação da identidade do grupo trilhou o caminho da demonização dos demais agrupamentos religiosos. Por isso, os autores do livro dedicam várias páginas à tarefa de convencer seu público interno da necessidade de alianças como caminho para o poder. O texto faz um grande esforço para explicar a necessidade de alianças. Alguns exemplos:
“Não se deve pensar política só do ponto de vista partidário, ou de confrontos oposicionistas […] A base da política, partindo do pressuposto (objetivo) de conquistar e fazer prevalecer ideais, depende muito de bons relacionamentos.” (pág. 27).
“Quando o tema é política, é importante entender que estamos tratando de um jogo de poder, o que requer certa arte e habilidades. Envolve uma disputa e, como toda disputa, exige estratégias eficazes para garantir a vitória.” (pág. 29).
“Nas relações sociais de modo geral, e principalmente quando se trata de relações políticas, a racionalidade tem que anteceder as ações e se sobrepor às paixões, que geralmente promovem equívocos às vezes irreparáveis.” (pág. 46)
As alianças são necessárias a esse segmento não só pelo limite numérico de seus eleitores, mas também para quebrar a imagem de exclusivismo e de sectarismo que esse grupo externa. Por isso, os autores insistem em reafirmar que seu projeto não é o de uma teocracia. Esta afirmação é, no entanto, totalmente incoerente com o propósito do livro e com a prática da Igreja Universal. Esse discurso é conveniente às condições políticas, já que, sozinhos, não têm votação suficiente para atingir seus objetivos políticos. Necessitam fazer alianças e, para isso, precisam quebrar as resistências. Além disso, estão preparando seu público interno para aceitar um discurso de campanha que pregue o Estado laico. O que se confirma com o que segue: “Em política, quem erra menos em seu discurso e durante uma campanha eleitoral tem mais chances de vitória.” Afirmam ainda que o trabalho político não se encerra com a campanha eleitoral, mesmo fora de períodos de campanha deve-se usar de cautela pois “Estamos falando de um espaço de muita rivalidade e artimanhas, em que um discurso infeliz, ou impensado,pode pôr tudo a perder, acabando por municiar a campanha do opositor contra esta nobre e divina causa.” (pág. 60).
O pragmatismo político aparece claramente mais a frente: “Mais uma vez, apelamos à sensibilidade dos cristãos a fim de que percebam a necessidade da argúcia para determinar o tipo de ação necessário em cada momento. Em política, essa habilidade é quase tudo.” (78. Grifos meus). Saber como agir em cada momento. Agora é o momento das alianças, do discurso do laicismo, da liberdade religiosa constitucional. E amanhã?
Mas a dificuldade dos dirigentes da Igreja Universal nesse projeto é muito grande, porque ao mesmo tempo em que buscam um discurso mais amplo, menos sectário, para construir uma política de alianças eficaz, precisam também manter a coesão de seu grupo. A forma mais eficiente para isso, testada ao longo de séculos de experiência política da humanidade, é encontrar inimigos. Aqui, os autores do livro buscam vitimizar seu agrupamento que, diante dos “outros”, responsáveis por sua situação desprivilegiada, devem se manter coesos, sob a direção de seus líderes.
Porque pregar a atuação política em quanto “cristãos”, e não simplesmente enquanto cidadãos? A situação política do “cristão” é diferente da dos demais brasileiros? Segundo Edir Macedo, sim: … “temos percebido, por parte da sociedade, que ser evangélico no Brasil ainda é como ser estrangeiro no Egito nos dias dos faraós.” (pág. 52). O que significa, para Macedo, ser estrangeiro no Egito dos faraós?
“tudo o que se possa imaginar de precariedade foi imposto pelo faraó aos hebreus que moravam em Gózem. Era um lugar sem a mínima condição de vida com dignidade, uma espécie de favela piorada da época.” (pág. 34).
“Durante aproximadamente 400 anos os hebreus viveram em condições subumanas e na escravidão. Com o passar do tempo, os descendentes e dependentes de José haviam perdido a sua identidade de nação, alguns até sua fé. (pág. 35).
Sem infra-estrutura, viviam de forma desregrada, indisciplinada e sem acesso à cultura.” (pág. 36).
“Discriminados e sem voz representativa no poder” (pág. 46).
Portanto, segundo os autores do livro, os “cristãos” devem se organizar enquanto tal porque não têm sua cidadania reconhecida. É óbvio que isso é uma balela, uma justificativa falsa. Os cristãos devem se organizar enquanto cristãos porque se o fizerem enquanto cidadãos, inevitavelmente sairão da influência política de seus líderes religiosos que, dessa forma, não poderão canalizar política e eleitoralmente, os votos de seus milhões de seguidores. Perderão seu cacife político. Esse é o verdadeiro motivo.
Macedo, Bispo, 1945 – Plano de Poder: Deus, os cristãos e a política / Edir Macedo e Carlos Oliveira. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2008.
Nos EUA ainda permanece a briga entre o Criacionismo bíblico e o Evolucionismo, há grupos q defendem até a morte a idéia q um Deus criou tudo como está sem q tenha a natureza tenha passado por qualquer processo de evolução, isto em pleno séc. XXI. É normal q tenhamos aqui a religião interferindo nas leis do país defendendo pensamentos sectários. Parabéns!
É por isso que se chama teoria da evolução. Teoria!!!
Você sabe o que é Teoria em contexto CIENTÍFICO? Você me parece só outro boboca que usa esse argumento até hoje.
quero deixar registrado para o futuro – quando esses evangélicos (que não passam de radicais religiosos) forem maioria no Congresso Nacional estaremos (desculpe o termo) todos fudidos.
“fudido” você já está, pois “conhecerei a verdade e ela te libertará”… há muito evangélico analfabeto, muitos tem formação básica… mas há formadores de opinião, formados, doutores, mestres…. porém, todos tem um diferencial em relação a vocês que tem esse pensamento “pequeno”… tem o Espírito Santo dando sabedoria… se Deus abomina homossexualismo, porque tenho que aceitar tal conduta? eu conheço a verdade e me nego sim a aceitar essa vergonha… vocês, estudiosos, se acham detentores da verdade… tirem um tempo para ler a bíblia – aprenderão o quanto são limitados!!
Eu não sou cristã e não sou obrigada a praticar sua religião, por lei. Para mim não há abominação alguma na homossexualidade e nem vergonha. Estaremos todos “fudidos”, sim! Não interessa se há formadores de opinião e o que for na causa evangélica, a única coisa que vejo por parte do fundamentalismo é opressão, intolerância e a arrogância de um conquistador, que espera se ver no conquistado. Honestamente, acho que isso SIM é uma vergonha.
Uma pessoa não precisa ler a Bíblia para ser livre ou para conhecer “a verdade”, até porque não existe uma versão monocromática da “verdade” e, normalmente, as perguntas são mais importantes que as próprias respostas [sobretudo quando as respostas vêm sem as perguntas]. Amigão, na boa, vai ler a sua Bíblia e ir feliz para o Reino dos Céus, na moral, te desejo de coração o melhor, mas não vem querer tornar uma questão de cunho PARTICULAR da sua matilha uma verdade universal que deve ser imposta aos pobres ignorantes. Você simplesmente não tem esse direito.
Sr. Alexandre Canuto, quando o Sr. se refere aos “líderes” religiosos como formadores de opinião, isto sim é o que mais me preocupa, pois a grande massa evangélica que não tem estudo é humilde e freqüenta a igreja sem prejudicar à ninguém, pelo contrário, seguem em busca de tornarem-se pessoas melhores. Agora os “formados, doutores, mestres, formadores de opinião” que o Sr. se orgulha, são – em sua grande maioria – o principal motivo por haver tanta discriminação e preconceito com a religião evangélica/protestante. Todos os dias um escândalo novo surge, cenas totalmente contraditórias – de líderes que usam de passagens da Bíblia para “pregar a palavra”, porém vivem em luxo nas custas de quem mal tem o que comer. Agora eu pergunto: Queremos líderes assim nos governando?
Tome cuidado, pois muitos idolatram o seu pastor/bispo/padre mais que o próprio Cristo – e fazem das palavras deles leis que passam por cima até da própria Bíblia.
Mateus 24:11 “E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos”;
João 8:32 “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.
Pensamento limitado é de quem tem como verdade absoluta um livro de 2000 anos. Estudiosos não se acham donos da verdade, eles encontram a verdade através de pesquisas. E ao contrário do pensamento religioso, qdo é provada uma teoria que contradiz a anteior, a ciência a celebra.
Deus abomina quem julga. Deus ama todos, só andava com pobres, mendigos, leprosos, doentes, prostitutas e etc. Se ele voltasse hoje só andaria com as maselas da sociedade, com os injustiçados, odiados, e voce que se julga tao superior, Deus ia te abominar.
Leia a Bíblia e aprenda a assassinar pessoas, a achar que é certo usar histórinha ficticia de destruição de cidades.
Definitivamente seu comentário foi tão infeliz, que no mínimo, você nem deve ter se dado ao trabalho de ler a matéria completa, e a fala da procuradora. Sua verdade, o que você acredita ou deixa de acreditar, não faz nenhuma diferença para os que não peçam igual a você, e que inclusive não acreditam na sua bíblia, ou não a vêem sobre essa forma de interpretação isolada para sustentar pensamentos que sua crença difundi. A constituição é que é lei, e ela diz que ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer nada, se não for em virtude da lei. Sendo assim, seu comentário, fundamentalista, proselitista, alienado e sem visão política, não merece nem se quer uma resposta mais longa ou explicativa, do que essa que acabei de redigir. Se tu leu toda a matéria acima e fez um comentário tosco desses, na boa, nem vale a pena se dar ao trabalho de explicar mais nada.
Me desculpem os 8 debatentes à cima, (Paulo, Wanderlei, Marcilio, Simone, Ed, Rosinha, Irene e Marcos), más vocês estão apenas querendo defender o ponto de vista de vocês, que aparenta ter similaridade com a do autor (a) do texto que no meu entender apenas tenta ir contra o direito dos evangélicos estarem representados por pessoas que compartilham do mesmo ponto de vista, tais quais os da bancada GLBTT citados pelo autor do texto, (cujo texto do tal Kit Homofobia foi recusado pela população por completo, é só pesquisar na internet a repercução, e se analizados os videos por eles propostos não tem nenhuma intenção de criar nas crianças o respeito à comunidade homossexual, e sim a de tentar estimular as crianças à um primeiro contato com o homossexualismo, o que foi rexassádo pela população) e do que tenho acompanhado da bancada evangélica, ela tem defendido causas de interesse da população em geral, e alguns de interesses dos evangélicos, más que extentendo aos demais, acaba sendo de interesse de toda a população, o que já não ocoore com os da bancada GLBTT e de outras símiles.
Respeito o ponto de vista de vocês, contudo o texto deste jovem não foi jornalismo puro, foi sim partidarista e defensor do ponto de vista defendido por ele.
Um estado Laico defende à todos, e tem que primar por ser justo e imparcial, o que este texto não foi.
Realmente.. coerente.
Caro Euller,
Concordo com suas ponderações, um Estado laico aceita a diversidade e respeita suas manifestações. O que estamos vendo é a construção de argumentos que visam cercear direitos de um grupo determinado, usando a laicidade como desculpa. Também estranho “tanto apego” à laicidade, acho que querem somente tirar poder de grupos de quem discordam. Tenho críticas ao comportamento de certos deputados ditos pertecentes à bancada evangelica ou até mesmo à opinião da bancada como um todo, mas não posso concordar que venham “arrotar” principios para desmontá-la por vias outras que não a legitima (montem uma bancada “não -evangelica” e vão debater as questões). No Brasil, é usual se invocar “princípios” quando não se tem o poder de enfrentar em campo aberto. Vivemos uma época contaminada pela “ideologia do bem” versus “as outras”. Esta “ideologia do bem” também conhecida como o “politicamente correto” me cheira a uma inquisição branca…quem não concorda é fritado vivo…ora, tenha paciência…
Caro Wagner,
Concordo parcialmente com vc. Primeiramente no Brasil é usual se invocar Princípios pois vivemos em um estado de direito, no qual impera a lei feita pelos homens. O apego a Laicidade existe pois vivemos em um estado laico conforme art. 19, I da CF/88. Sou contrário as bancadas religiosas pois o estado não pode interferir na autodeterminação das religiões e vice versa. Não podemos em um estado democrático viver a ditadura da maioria, pois a própria DEMOCRACIA tem institutos de combate a vontade da maioria. Devemos nos focar em ter maiores liberdades, mesmo que estas contrariem religiões, pois quem cumpre determinada fé, de uma forma ou de outra ira seguir suas crenças, não é justo pessoas que não tem determinada crença serem submetidos a ela.
Detalhe: Não sou Gay nem Evangélico.
Vai me dizer que todos os outros que não são da bancada evangélicos não tem nem um católico. O Brasil tem padroeira, tem montes de ruas e bairros com nome de santos, as repartições públicas estão cheias de imagens, o patrimônio histórico restaura um monte de igrejas católicas, que são usada pela comunidade católica, os feriados etc… Quanto que se gastou com a vinda do papa, que é um chefe de estado, mas não veio em missão de governante e sim como religioso. Sabia que a Nossa Senhora Aparecida recebe pensão? Quanto tudo isso custa aos cofres públicos? E todos pagam católicos ou não.
Todas as igrejas passam por normas de segurança, menos a católica. Ainda metem o pau nos evangélicos por causa do dízimo. Mas eles se sustentam sozinhos, como toda e outra qualquer religião desse país. É uma verdadeira hipocrisia …
Estamos diante de um texto tendencioso que tem o objetivo de
criminalizar a Bancada Evangélica e os cristãos de forma geral, exercendo uma abordagem nitidamente
cristofóbica. Lamentável tal postura!
Olá, Elizabeth.
Aqui é o Felipe, autor do texto. Gostaria de dizer que concordo plenamente com a sua colocação de que a religião católica continua recebendo privilégios, por ser a da maioria dos brasileiros. Eu mesmo escrevi outros dois textos sobre o assunto, um deles inclusive é sobre a vinda do Papa. Talvez eles te interessem:
http://www.revistaovies.com/reportagens/2011/09/o-papa-nao-e-mais-pop/
http://www.revistaovies.com/reportagens/2011/04/a-cesar-o-que-e-de-cesar/
Porém, em se tratando de política, a religião evangélica e sua Bancada atuam de uma maneira muito mais uníssona e incisiva quanto às suas pautas, que muitas vezes ferem os direitos alheios.
Abraços.
eu sempre oro para quea bancada evangélica em todas eleições cresça e cresça ainda mais, para que todas as leis que os gays querem, não siga em frente, não seja aprovada. Não adianta ir contra a sociedade, a sociedade brasileira que uma família com homem e mulher. Se essas leis que os gays querem for aprovadas, a gente que somos contra as praticas deles não podemos opinar a respeito disso, senão, é cadeia, mais eles podem falar mal de nós evangelico que nada acontece com eles.
Eu não sou contra eles, mais eu vou ser sempre contra a pratica deles
A bancada evangelica eh o cancer do Brasil. Essa corja de malucos saidos do hospicio chamado igreja querem governar e impor regras absurdas a todos. Raça nojenta q soh propaga odio e homofobia.
O seu trabalho foi muito bem elaborado. Estou fazendo meu TCC para bacharelado em Ciência Política com Tema: Carisma e Poder Economico na Bancada Evangélica no Congresso Nacional. E esses dados vai ser de grande valia para mim, estou criando o primeiro capitulo que é Bancada Evangelica, estou precisando do historico da Bancada Constituinte, você tem? se for possivel me manda, ficarei muito grato.
Olá, André Bretas. Fico muito feliz de saber que usarás os dados da matéria em teu TCC. Te recomendo procurares também no Portal Transparência Brasil, que apresenta alguns dados muito interessantes.
A respeito do histórico da Bancada Evangélica, porém, sinto que não poderei te ajudar, visto que a minha pesquisa foi focada na configuração da Bancada logo após as eleições.
Abraços.
Gostei muito do artigo, Sr. Felipe Severo.Parabéns!!!
Quero aproveitar para dizer que gostaria que uma emenda constitucional acabasse com a imunidade tributária das Igrejas como instituições ( Igrejas e quaisquer organizações religiosas), mantendo apenas a imunidade relativa aos edifícios onde são realizado o cultos (igrejas com i minúsculo, tendas , centros espíritas).Atualmente a imunidade vai além dos templos, o que, em minha opinião é um privilégio que não tem razão de ser.Nem sempre as organizações religiosas beneficiam o lado psicológico e espiritual dos crentes.Por isso não há razão para esse privilégio.
Parabéns, Sr. Filipe Servero, pelo artigo acima!
Sr. Felipe, obrigado por nos presentear com o artigo acima!
Gostaria de saber se existem graficos ate mais antigos com bancadas de outras religiões do país..
Excelente artigo Sr. (Doutor, presumo) Felipe Severo, contudo gostaria que o autor me informasse qual é a fonte de procedem os dados das “pizzas” apresentadas. Teria sido o Mapa das Religiões da Fundação Getúlio Vargas? Gostei muito do encadeamento dado ao racicínio acerca da manipulação da opinião pública.
Os meus melhores cumprmentos,
Profº Doutora Mara Cristan
Os únicos realmente neutros: Testemunhas de Jeová (que não são evangélicos). (João 17:16)
“A bancada agiu da mesma forma frente ao Estatuto do Juventude, aprovado na Câmara no dia 05 de outubro. O texto prevê, entre outras coisas, o pagamento de meia-entrada para os estudantes na faixa etária de 15 a 29 anos no transporte público e em eventos artísticos, culturais e de entretenimento em todo o território nacional (As atuais leis sobre a meia-entrada são de âmbitos estaduais e municipais). O ponto atacado pela bancada evangélica, no entanto, foi o que diz respeito ao tratamento de temas relacionados à sexualidade nos conteúdos escolares”.Eu percebi aqui uma postura favorável do autor a esse projeto de lei?Da uma relida nele e vc verá que se trata de um retrocesso,a medida que ele restringe para 40% o numero de estudantes que teria acesso a meia entrada.E não necessariamente o politico se declarar evangélico,católico,espirita e umbandista significa que ele faz parte de uma “bancada”.Isso é uma generalização sem tamanho.E sobre banir estas tais “bancadas” que existem, mas nem todos que professam uma religião participam.Como seria isso?Aquele que acredita ou professa algo que não esteja dentro do paradigma da ciência não poderá se candidatar a nada?Como que vai ficar a democracia neste processo?
A porcentagem da bancada evangélica (13,2%) não condiz com o total de brasileiros evangélicos (22,2% em 2010). Então, qual o motivo de tal matéria? Assim como os gays lutam com o que eles acham certo, que para mim não está, e tal matéria me pareceu apológica à homossexualidade em alguns trechos; evangélicos também têm o direito de lutar pelo que é certo conforme foram instruídos. Acusam evangélicos de homofóbicos, mas muitos amam a pessoa homossexual embora não sejam a favor de suas práticas. Outros acusam pastores de estelionatários que abusam da boa fé dos fiéis; mas, e aqueles que tem trabalho honesto? Quanto a parte citada a respeito do aborto, quando é em caso de estupro, o código penal tem sido anticonstitucional, já que a constituição garante o direito à vida e o código civil reconhece a vida a partir do momento em que o sêmen é introduzido ao útero. Agora aos laicos vai uma pergunta: já que querem tanto a laicidade de estado, o que acham de cortar os tantos feriados católicos que tem no Brasil?
Estamos diante de um texto tendencioso que tem o objetivo de criminalizar a Bancada Evangélica, exercendo uma abordagem nitidamente cristofóbica. Lamentável tal postura!
Eu gostaria de saber os nomes dos 7 deputados evangélicos do PT, visto que este que vc citou no texto (Henrique Afonso PT-AC) foi eleito, punido e saiu do PT com a Marina! Que eu saiba, apenas Benedita da Silva é da bancada, mas nunca defendeu nada conta LGBT”, acho que está furado os números que vc apresentou!
Parabéns pelo texto. Quero dizer ao amigo, que jornalismo puro não existe. A técnica estará sempre a dispor de quem melhor a utilizar, assim como uma espada nas mãos de quem esgrima bem. Deus me livre de uma nação com liderança única de um grupo com tendências fundamentalistas como alguns evangélicos. Viva a diversidade!!
é impossivel pensar que o estado é laico, pois somos um povo que acresitamos em DEUS, só isso já basta para não ser laico. Temos a Bíblia como nossa referência moral, buscamos tudo lá. O que é certo e errado. então vamos parar de se hipocritas e achar que o país é laico. Todos tem de ser respeitado, Deus ama todos, mas ensina como tem de se portar. Então acho melhor os políticos que são a favor da pl122 abrirem os os olhos pois eu já peguei o nome deles e não vou votar neles e vou passar para todo o povo de Deus também não votar.
Ah! só existe bancada evangélica porque o povo de Deus tem mostrado sua força nas urnas.
o deus genocida de israel!! oh cegueira funcional!!
Muito bem Adriana! Só lembrando que o maravilhoso Estado de Israel, além de ser a única democracia no Oriente Médio, tem prestado relevantes contribuições a humanidade com os seus avanços científicos e tecnológicos. É bom fazer lembrar aos cegos funcionais, cuja luz das palavras do Eterno encomodam!
E eu, Adriana, que sou ateu, faço o quê? saio do país?
Um texto de natureza tendenciosa e cristofóbico. Algo de fácil percepção, basta analisar que ainda no primeiro parágrafo compara a Bancada evangélica a Bancada Ruralista. Bem, creio que esse texto se destina a um público específico, não havendo nele nenhum interesse para os cristãos (que totalizam, aproximadamente 90% da sociedade brasileira).
Gostei muito da qualidade de expressão dos contedores neste capitulo. Debates de opinião c/ pessoas de grande calão, e tudo na maior educação, cada qual puxando o peixe p/ sua latinha, mas sem extremos. PORQUE ELEGEM DEPUTADOS DE TÃO BAIXA QUALIDADE, p/ exporem suas convicções? Mal educados, mal informados e péssimos democratas.
Alguém já ouviu falar em uma Iemanjá histórica? Não? Claro,
não faz o menor sentido. Então por que o Jesus histórico faz? O que já foi
feito para dar sentido a essa crença é de dar medo.
“A verdade histórica é a mais ideológica de todas as verdades científicas […]Os
termos de subjetivo e de objetivo já não significam nada de preciso desde o
triunfo da consciência aberta […]. A verdade histórica não é uma verdade
subjetiva, mas sim uma verdade ideológica, ligada a um conhecimento
partidário”. (ARON cit. por Marrou, s/ data, p. 269)
Se a fé nunca dependeu da história, porque fazem tanta
questão desta última? Por que insistem em preservar essa bruma que envolve os
primeiros séculos do cristianismo? Não devia ser assim. No entanto, quando
fazemos uma aproximação dos fatos com fatos e não com ideias, é possível outra
conclusão.
http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/paguei-pra-ver