Clandestino é como se chama o primeiro álbum solo do músico Manu Chao. Francês filho de espanhóis, mas com ligações profundas com a América Latina, Manu Chao, em 1986, formou a banda de punk rock Mano Negra. Nela esteve por 5 anos. Depois de um tempo, volta ao cenário musical com trabalho solo.
Nas 16 músicas do álbum Clandestino o artista mistura ritmos como mariachi, flamenco, salsa, reggae e folk rock. Pode parecer estranho escrever sobre um álbum considerado “antigo”, já que depois dele Manu Chao já realizou outros trabalhos. Mas o fato é que o álbum, na época, foi uma surpresa musical, inclusive para o cantor, que não esperava tão boa recepção.
Manu Chao (na verdade Jose-Manuel Thomas Arthur Chao) viveu por 25 anos na França e depois começou uma vida de viagens pela África e pela América. Morou alguns meses no Brasil, quando gravou uma música com a banda Skank, e conheceu as realidades de diversas culturas. Também gravou uma participação especial com a banda Paralamas do Suecesso e ainda neste ano realizou apresentações em Araraquara e em Santos, na Virada Cultural Paulista.
Problemáticas socias são abordadas em muitas das letras, as quais são escritas em maior parte na língua espanhola, mas que também podem ser ouvidas em português, inglês e francês. A faixa Lágrimas de ouro, por
exemplo, é cantada em espanhol mas é cortada por um fundo de uma narração de jogo de futebol em português.
A mistura de ritmos latinos e africanos soa muito agradável. É como uma união de diversas maneiras de ser, as quais,na verdade, dentro de milhões de diferenças, tem muito em comum.
Depois de Clandestino, Manu Chao já gravou mais seis álbuns, sempre colocando ritmos e experiências novas. Abaixo: vídeo, letra e tradução da música que dá nome ao álbum, Clandestino:
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Clandestino
Clandestino – tradução
CLANDESTINO, pelo viés de Liana Coll
lianacoll@revistaovies.com